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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

O Pantanal Matogrossense,

LOCAL: Miranda, Mato Grosso do Sul, Brasi

Unesco declara Pantanal Matogrossense Reserva da Biosfera
Na área preservada também estão o Parque da Chapada dos Veadeiros, o Parque da Terra Ronca e o Quilombo Kalunga
 SILVESTRE GORGULHO


O Pantanal Matogrossense, maior planície alagada do planeta, foi reconhecido como Reserva da Biosfera Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). A proposta apresentada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) foi aprovada, em Paris, pela Comissão Internacional do Programa Homem e a Biosfera. Com 25 milhões de hectares, a reserva do Pantanal é a terceira maior já criada no mundo. O título conferido à região, permitirá mais ações do governo e da sociedade para a conservação das riquezas ambientais, na busca de um desenvolvimento sustentável. A Unesco aprovou também proposta do MMA para a ampliação da Reserva da Biosfera do Cerrado. Além do entorno de Brasília, a reserva passa a contar com áreas no nordeste de Goiás, entre elas o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e o Parque Estadual de Terra Ronca. No final de novembro, o Pantanal será transformado em Patrimônio Natural da Humanidade. O título, concedido pela Unesco, facilitará o acesso a linha de crédito de programas internacionais. No Brasil, também são Patrimônio da Humanidade - O Parque Nacional do Iguaçu (PR) onde estão as Cataratas; a Costa do Descobrimento e as reservas florestais da Mata Atlântica, no Sudeste. Os dois títulos ao Pantanal aumentam a polêmica sobre a construção da hidrovia Paraguai-Paraná.
Sarney Filho, ministro do Meio Ambiente, afirmou que o o governo pretende implantar uma reserva da biosfera em cada bioma brasileiro. Atualmente o país conta com reservas na Mata Atlântica, Cerrado e Pantanal. As próximas a serem criadas são a da Amazônia Central e a da Caatinga. "As reservas da biosfera são instrumentos essenciais para a conservação e uso sustentável da biodiversidade", disse o ministro.
Para o secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, José Pedro Costa, as reservas da biosfera são o instrumento de conservação mais importante criado até hoje, pois as ações de planejamento passam a considerar não só as zonas núcleo, mas também as áreas adjacentes, as chamadas zona de amortecimento e zona de transição. "As reservas da biosfera são ferramentas importantes para apoiar a busca de recursos para o desenvolvimento sustentável nas regiões que abrange", afirma o secretário.
As reservas da biosfera são um instrumento de planejamento regional, com papel estratégico no combate aos efeitos dos processos de degradação dos grandes ecossistemas, que vêm sendo desenvolvidos pela Unesco desde 1971. Elas também têm como objetivo conciliar a conservação da biodiversidade e a utilização econômica desses recursos com a promoção do desenvolvimento sustentável.
A primeira Reserva da Biosfera brasileira é a da Mata Atlântica, um dos ecossistemas mais ameaçados do planeta. Criada em 1992, ela envolve 14 estados numa área de 29 milhões de hectares. Em 1993, foram reconhecidas a fase I Reserva da Biosfera do Cerrado, abrangendo o entorno do Distrito Federal, e a reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo, associada à Reserva da Mata Atlântica.




A beleza da flora e a revoada de pássaros no Pantanal
Reserva da Biosfera ajuda no desenvolvimento sustentável
Cerrado: pouco explorado no passado, hoje é objeto de intensa ocupação
As possibilidades de crescimento econômico mais promissoras da região pantaneira são o incremento do turismo da natureza e do turismo de pesca, pois têm baixo impacto sobre os estoques de recursos naturais.
A Reserva da Biosfera do Pantanal tem quatro biomas sul-americanos representados em seu interior: Cerrado (em 60% da área), Chaco, Floresta Amazônica e Mata Atlântica. Os sistemas ecológicos variam desde os tradicionais campos de planície inundada até cerradões, matas de influência amazônica e mata atlântica. Mesclados aos sistemas terrestres, aparece um enorme número de formações aquáticas com as enormes lagoas da fronteira Brasil/Bolívia até pequenos charcos de planície, parcial ou totalmente inundáveis.
Reserva do Cerrado
- A Reserva da Biosfera do Cerrado Fase II engloba uma parcela significativa de sistemas naturais próprios do bioma, como o cerradão, a mata seca, veredas, lagoas e alagadiços estacionais. As áreas núcleo da reserva são três unidades de conservação natural com grande importância para a região: o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, o Parque Estadual de Terra Ronca e o Parque Municipal de Itiquira, todos pólos geradores de ecoturismo.
O Cerrado é o segundo bioma em extensão territorial do Brasil (ocupa cerca de 25% do país) e o que tem maior biodiversidade. Pouco explorado no passado, o Cerrado tem sido objeto de intensa ocupação humana e urbanização desde a construção de Brasília. Nas últimas duas décadas a região foi objeto de intensa pressão, em função da expansão da agricultura mecanizada. Com a reserva da biosfera poderão ser buscadas, em conjunto com os produtores, alternativas para aumento da produção sem prejuízo para o ecossistema.
Os recursos naturais da região têm sido largamente utilizados, especialmente depois da descoberta do ouro, no século XVII. O esgotamento do metal levou à busca de outras alternativas econômicas para a população local. No século XIX, a agricultura de subsistência e a pecuária foram as principais atividades. A área proposta para a reserva concentra alguns dos principais remanescentes de cerrado de altitude do Brasil Central.
A área da reserva é de grande importância para a conservação da biodiversidade. Lá podem ser encontrados nove espécies de mamíferos ameaçados de extinção, entre eles, a onça-pintada, o veado-campeiro, a suçuarana e o tamanduá-bandeira, e cinco espécies de aves em igual situação, com destaque para o socó-boi e o pato-mergulhão.
No interior da área há, também, um grupamento humano especial, chamado povo Kalunga, formado por descendentes de escravos fugidos de minas de ouro. Mesclando conhecimentos africanos, indígenas e outros apreendidos na fase colonial, a população Kalunga mantém sistemas de produção agrícola e pecuária baseado na posse coletiva da terra.
Mais informações: Ministério do Meio Ambiente:

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