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sábado, 19 de novembro de 2011

“Jeito biólogo de ser”.

Se as aves não vêm ao ornitólogo, o ornitólogo vai até as aves!




Afinal biólogo que é biólogo passa o dia “biologando”. Passei os últimos três dias em campo, mais precismante na pequena cidade de Quissamã percorrendo 40 quilômetros do trecho de litoral mais selvagem do estado do Rio de Janeiro, em busca de aves, baleias, golfinhos e tartarugas marinhas

Sempre que tento explicar o meu trabalho para alguém que não é colega de profissão, quase sempre a pessoa me interrompe antes que eu acabe de falar e comenta algo do tipo “essa sua vida é muito boa, sempre viajando conhecendo lugares e pessoas novas”. A foto abaixo, tirada no dia do biólogo, reflete um pouco do “jeito biólogo de ser”.


Lá estava um bando de gaivotas-de-capuz-cinza (Chroicocephalus cirrocephalus) há uns 200 metros de distância, pousada na margem de uma lagoa quase seca. A região norte do estado do Rio de Janeiro é um dos poucos lugares do sudeste do país onde essa espécie ocorre, e essa era uma boa chance de tirar uma foto do bicho. Fiz alguns clicks ainda de longe para garantir o registro (foto abaixo), mas era preciso me aproximar mais para conseguir uma foto melhor. Se as aves não vêm ao ornitólogo, o ornitólogo vai até as aves! Só havia um problema, a lagoa, que no final da estação seca havia se convertido em um mar de lama.
Pés descalços e lá vou eu atolado até o joelho de pouquinho em pouquinho me aproximando. Já estava a uma distância razoável quando resolvi erguer a máquina para fazer algumas fotos, antes que eu apertasse o disparador, as gaivotas resolveram alçar vôo e lá se foi minha foto com elas. Já havia perdido as esperanças e retomado a minha peregrinação pela lama, foi então que uma delas deu meia volta e veio voando na minha direção como se quisesse examinar o que aquele ser humano estava fazendo chafurdando na lama, aí foi só alegria.





http://scienceblogs.com.br/caapora/

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Fauna



Extrema importância para a conservação da biota aquática da Amazônia.
Os diversos lagos e várzeas são importante refúgio para as aves paludícolas como o socó-boi (Tigrissoma lineatum)


http://br.viarural.com/servicos/turismo/areas-de-protecao-ambiental/apa-de-nhamunda/default.htm

Riqueza ameaçada

ARARAJUBA
Ave simbólica da Amazônia, ameaçada de extinção













Queimadas e lavouras de cana-de-açucar destroem os habitats de nossas aves, forçam a migração e as colocam sob risco de extinção


André Julião








Os cientistas são unânimes em apontar as queimadas como as grandes responsáveis pelo aquecimento global no Brasil. Esses problemas se tornam ainda mais graves quando se pensa na preservação de nossas aves. Elas sofrem diretamente os impactos da redução de seus habitats, causada pela derrubada de árvores e expansão das lavouras de cana-de-açúcar, impulsionadas pela valorização do etanol. Atualmente, a cana ameaça o segundo maior bioma brasileiro, o Cerrado, onde 48 das 837 espécies de aves correm risco de extinção. Essa é uma das conclusões do relatório “Áreas importantes para a conservação das aves no Brasil – Parte II: Amazônia, Cerrado e Pantanal”, lançado pela organização conservacionista Save Brasil. É a segunda parte do relatório cujo primeiro volume foi publicado em 2006, abordando a Mata Atlântica, o Pampa e a Caatinga. Em 2006, a Save identificou no País 163 IBAs (sigla em inglês para Áreas Importantes para a Conservação das Aves). Com a inclusão da Amazônia, do Cerrado e do Pantanal, o número subiu para 237 – o que equivale a 94 milhões de hectares, ou 11% do território nacional. De todas as novas IBAs identificadas, 12 estão totalmente protegidas legalmente e 30 apenas parcialmente. Trinta e duas não têm proteção alguma. Com 1.822 espécies, o Brasil está entre os três países com maior diversidade de aves do mundo, sendo que 232 existem apenas aqui.

Vinte e cinco delas estão “criticamente ameaçadas”. “Esse estudo serve como base para outras instituições garantirem a conservação das espécies”, diz Pedro Develey, diretor de conservação da Save Brasil e um dos autores da pesquisa. “Com esses dados, os governos têm de realizar políticas públicas e as universidades podem avançar nas pesquisas.” O Brasil é recordista mundial em espécies de aves ameaçadas: 122. A ararajuba é uma delas. Simbólica, graças a suas penas verdes e amarelas, é considerada “em perigo” pelos especialistas. Sua situação, porém, é menos urgente que a da limpa- folha-do-Nordeste. Restrita a pequenas partes de Mata Atlântica em Pernambuco e Alagoas, sua população é estimada em dez indivíduos – o que a coloca na categoria de “criticamente ameaçada”. O Pantanal é outra área que merece atenção. Com suas 463 espécies, essa região faz parte da rota de migração de muitas delas. “As aves têm um papel importante, uma vez que são excelentes indicadores ambientais e podem auxiliar tanto na seleção de áreas prioritárias quanto na avaliação da efetividade das ações de conservação”, registra Develey em seu relatório. Por maiores que sejam os dividendos que as plantações de cana-deaçúcar possam trazer, deve-se levar em conta o custo para uma de nossas maiores riquezas: a biológica.




http://www.istoe.com.br/reportagens/46417_RIQUEZA+AMEACADA
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