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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Tristeza me desculpe.!


Hoje logo bem cedo fui cuidar de alguns pássaros que crio.
Tenho autorização para tal feito.
Mas fui resolver alguns assuntos e em meu retorno fiquei com muita tristeza uma canária que eu criava morreu.
Agora ao entardecer ouço de longe seu companheiro cantando. Imagino se um canto ou um lamento.
Vou providenciar levá-lo de volta para a Natureza de onde jamais deveria ter saído. Insanidade de pessoas egoísta.
Acredito que neste termo eu provoquei a morte de um ser vivo.
Que poderia está em seu habitat natural.
E Feliz.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O Soldadinho-do-Araripe



Ave de rara beleza, o Soldadinho-do-Araripe indica onde há fontes naturais. Porém, está em risco de extinção


O Soldadinho-do-Araripe não recebeu esta denominação por acaso. A ave mais ameaçada de extinção do Ceará foi descoberta há 14 anos, completados no último dia 10. Deverá receber no próximo ano um ambiente protegido, por meio da criação de uma Unidade de Proteção Integral. A luta para a sobrevivência da espécie rara depende agora de conservar o seu habitat, que se traduz consequentemente em preservar as fontes naturais e o único trecho de mata atlântica da região do Cariri, nas áreas de encosta da Chapada do Araripe entre os Municípios de Crato, Barbalha e Missão Velha.

E o presente para a natureza e para esta ave parece estar mais próximo. A novidade foi que este mês a região recebeu a visita de técnicas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio). O objetivo foi verificar “in loco” as condições para que seja efetivado o desenvolvimento do projeto de criação de uma Unidade de Conservação que abranja a área onde se concentram as principais fontes de água. Nesses pontos o pássaro costuma se fixar e as fêmeas verde-oliva fazem seus ninhos. O macho da espécie se diferencia pelas cores preta, vermelha e branca.

Primeira aparição
O Soldadinho-do-Araripe foi visto pela primeira vez em 1996, pelos biólogos Weber Girão e Artur Galileu de Miranda Coelho, professor da Universidade Federal do Pernambuco (UFPE). Dois anos depois foi descrito cientificamente com o nome de Antilophia bokermanni. Os trabalhos de pesquisa começaram a ser feitos por meio da Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis), de Caucaia, com projeto aprovado junto à Associação de Aves de Pernambuco e à Fundação Boticário.

Um novo levantamento das espécies foi concluído recentemente pela Aquasis, que fixou base na região, com a finalidade de dar maior profundidade às pesquisas sobre a ave e atuar no processo de preservação. O terceiro estudo, desde o lançamento do primeiro plano de conservação, em 2007, aponta o tamanho populacional do Soldadinho. A nova pesquisa foi realizada nas fontes de água onde o pássaro se concentra.

De acordo com o pesquisador e descobridor da espécie, que atualmente reside no Cariri, Weber Girão, houve uma ampliação no número de fontes pesquisadas na Área de Proteção Ambiental (APA). A elevação no número de fontes foi de 60% para 93%. Dessas áreas foram enumerados apenas 177 casais reprodutivos, sem incluir os filhotes. Isso, segundo ele, torna o resultado mais robusto. Dentro da sua análise, 500 exemplares da espécie, em condições reprodutivas, poderiam garantir a preservação da ave, sem o risco de extinção global. Mas essa garantia se tornaria mais efetiva com a inserção da Unidade de Preservação Integral. Consequentemente seriam preservados os mananciais aquíferos da região.

Segundo Weber, outro resultado alarmante é a estimativa de que um, em cada seis pássaros, se extinguiu devido ao encanamento irregular de nascentes, sem que os 50 metros de área de preservação permanente fossem respeitados, segundo o Código Florestal. om essa realidade, cerca de 36% dos exemplares do Soldadinho-do-Araripe já desapareceram, devido aos encanamentos irregulares, associados ao desmatamento. Mas ele afirma que a boa notícia é que esta situação poderá ser revertida com a simples adequação das nascentes à legislação ambiental.

De acordo com o biólogo, as estimativas de declínio da espécie são moderadas. Para se ter uma ideia mais acertada dessa realidade, será necessário calcular o valor da perda associada à diminuição da floresta úmida, habitat do Soldadinho. Na melhor das hipóteses, essa área já foi reduzida para 23% de seu tamanho original. A pesquisa também mapeou os setores onde o pássaro encontra-se hoje mais ameaçado.

O início das pesquisas foi a partir da dissertação de mestrado de Weber, integrante da Aquasis. Foi a partir daí que se pensou no plano de conservação da espécie. Essas aves vivem no ambiente de encosta da Chapada do Araripe.

A degradação desse pedaço de natureza da Chapada do Araripe, com os mananciais de água necessários à sobrevivência humana, também indicam o desaparecimento do Soldadinho. A ave se torna um símbolo da preservação da natureza regional. Desde que avistado pela primeira vez, com o seu canto e beleza diferenciados, o passarinho passou a ser alvo de um trabalho na luta pela sua preservação.

As atividades de avaliação, um dos passos decisivos na conservação da espécie, contaram com a contribuição das técnicas do Instituto Chico Mendes. Elas vieram de Brasília representar a Diretoria de Unidades de Conservação de Proteção Integral (Direp). Gabriela Leonhardt e Eliana Maria Corbucci puderam conhecer a espécie e seu habitat. Outro aspecto importante foi manter contato com os moradores das comunidades do entorno, que são, nesse momento, essenciais dentro do projeto de construção da nova unidade.

Gabriela destaca a importância de conservação da espécie e de todo o ecossistema associado, com os recursos hídricos e que só existem na região. Eliana afirma que está sendo realizado estudo para se verificar a forma mais adequada, onde se possa conciliar a preservação da ave com as demandas humanas.

Nova consciência
A ave é a única naturalmente endêmica do Ceará. A conservação da espécie, diz Weber, já seria um símbolo para a proteção da natureza no Estado. “A relação íntima com a água faz desta ave uma bandeira para uma nova consciência sobre a forma como nos relacionamos com a paisagem, da qual dependemos totalmente para sobreviver. Além destes motivos lógicos, a espécie é deslumbrante, o que facilita sua adoção como um ícone do Cariri pela sociedade”, explica o pesquisador.

No Brasil, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, 10% de todas as aves do mundo estão ameaçadas de extinção. Na pesquisa se inclui o Ceará, com o Soldadinho. O risco iminente de sua extinção é uma realidade. No Cariri, o fenômeno vem ocorrendo há muito tempo.

MAIS INFORMAÇÕES
Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis), Praia de Iparana, S/N
Caucaia
Tel.: 85. 3318-4911

Elizângela Santos
Repórter

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia (Caderno Regional, 27.12.2010)
2ª Fonte de Pesquisa
http://estadodocariribrasileiro.blogspot.com/2010_12_01_archive.html

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Taxidermia II

Taxidermia: Martim-Pescador


Trabalho realizado para a Fundação Parque Zoológico de São Paulo.



A Taxidermia tem por objetivo conservar animais mortos.

Empalhamento (via seca): utilizando-se somente da pele curtida do exemplar, para fins didáticos, exposição ou coleção científica.

Montagem científica: prepara animais que serão utilizados em catalogações de espécies e estudos científicos nas universidades e museus.

Montagem artística: prepara animais destinados à exposições em museus e eventos relacionados com ciência e meio ambiente. Nesta modalidade a peça é montada em posições que simulem o estado natural do animal e se possível inserida dentro de um cenário que reproduza o seu bioma.

Montagem de esqueletos: limpeza da estrutura óssea com uso de materiais cortantes e produtos químicos, fixando-se seus elementos anatomicamente.

Diafanização: preparo de pequenos vertebrados / filhotes / fetos tornando visível toda a formação óssea , promove a transparência da musculatura e coloração dos ossos ou cartilágem.

Fonte do texto de pesquisas e Imagens
http://taxidermialettmann.blogspot.com/

Taxidermia

Taxidermia, sua história através dos tempos


Taxidermia: pinguim de magalhães






Taxidermia: coruja de orelha


Taxidermia, sua história através dos tempos






O termo
taxidermia origina-se de duas palavras gregas (taxi = arranjo) e (derme = pele) podemos assim considera-la como um conjunto de técnicas utilizadas em tecidos cutâneos com a finalidade de conservá-los.
Não é possível afirmar com precisão há quanto tempo surgiram essas técnicas de conservação, mas as peças taxidermizadas mais antigas que temos notícias são as múmias de Chinchorro com cerca de 7.000 anos.

Os taxidermistas do Atacama
Os Chinchorros ocuparam o deserto de Atacama, no Norte do Chile e o Sul do Peru, viviam de recursos naturais, sobretudo da pesca, (Chinchorro, palavra de origem espanhola, era uma rede de pesca em forma de bolsa muito utilizada por eles, daí a origem do nome desse povo). As técnicas de mumificação por eles utilizadas se resumem na retirada não somente dos órgãos, mas também todos os tecidos moles dos indivíduos sendo a pele costurada posteriormente no esqueleto, que era reestruturado com pedaços de madeira, e todas as cavidades preenchidas com ervas, cinzas e pelos de animais. Após os preparos, o corpo era embalado em folhas de junco e uma máscara de argila enfeitada com cabelos naturais era colocada sobre o crânio formando uma “embalagem” praticamente indissociável com o corpo.
Durante escavações na cidade de Arica (Chile) foram encontradas múmias não somente de adultos, mas também de crianças e até de fetos. Segundo os pesquisadores, ainda não é possível determinar com clareza, o porquê desses indivíduos utilizarem essas técnicas de taxidermia com seus entes, mas supõem que seja um ritual de passagem da vida para a morte.

As múmias egípcias
As técnicas de mumificação dos egípcios eram muito mais sofisticadas. Todos os órgãos eram retirados do corpo, preparados e acondicionados nos canopos, (vasos de barro, madeira ou pedra com tampas em formatos de humanos ou animais de acordo com o órgão a ser recebido). O coração era o único órgão recolocado no corpo (por ser essencial para outra vida). Para facilitar a remoção do cérebro, injetava-se vinho de tâmara e ácidos pelas narinas, sendo depois de dissolvido, retirado pelos mesmos orifícios com auxílio de instrumentos curvos. Em seguida o corpo era depositado em um recipiente com natrão (uma mistura de cloreto, sulfato, bicarbonato e carbonato de sódio) por 70 dias. Após esse período, eram injetadas resinas, perfumes e serragem no corpo deixando-o com a forma original e o abdômen era então costurado. Já preparado, o corpo recebia uma grande quantidade de faixas de linho ou algodão com goma arábica deixando as múmias com as características normalmente apresentadas em filmes de terror e desenhos animados. Pela sofisticação da técnica e pelo alto custo no preparo, a mumificação era realizada apenas nos faraós seus parentes e sacerdotes.

Grandes navegações, descobrimentos e a taxidermia
Entre os séculos XV e XVI, iniciou-se a chamada Expansão Marítima dos países europeus que, ao se utilizarem de novas rotas para comprar e vender especiarias, seda e outros produtos provenientes das Índias avistaram novas terras (ou os países do novo mundo – As Américas). Ao observarem as riquezas naturais dos países por eles “descobertos e colonizados” iniciaram a extração desses recursos, tanto da flora como da fauna. Um bom exemplo, e talvez o mais comum, é a coleta de exemplares de Caesalpinia echinata (pau-brasil) a fim de utilizarem sua madeira e uma substância vermelha dela retirada chamada de brasilina que fora muito empregada no tingimento de tecidos. Podemos afirmar que até 1530 a extração dessa espécie de árvore era praticamente a única fonte de renda da Coroa portuguesa obtida nas terras da colônia brasileira. Diante desse cenário também era muito comum a obtenção de exemplares da fauna a fim de mostrar ao povo europeu as diferentes cores e formas desses animais, sendo em muitos casos apresentados como verdadeiros “troféus” que, para conquistá-los, fora necessário desbravar florestas povoadas por animais perigosos e rios infestados de mosquitos...
Durante as longas viagens de navios em condições muitas vezes precárias, poucos animais sobreviviam até chegarem ao seu destino final, sem contar que os sobreviventes tinham ainda que se adaptarem aos rigorosos invernos dos países europeus.
Inicialmente apresentada como uma técnica artesanal a fim de apenas presentear membros da realeza com aves de colorações exuberantes por mero luxo, a taxidermia ressurge a partir do século VXI como uma importante aliada no conhecimento e estudo das espécies de animais dos trópicos.
A medida em que o número de viagens para as colônias aumentavam, a obtenção de materiais biológicos como fósseis, animais, conchas, esqueletos, vegetais, sementes e até materiais minerais como rochas e diferentes tipos de solo eram mais frequentes. Não somente pela necessidade de organizar e expor esse material, mas também por uma questão de status (quanto maior sua coleção, maior o seu prestígio), sugiram os Gabinetes de Curiosidades ou Quarts de Maravilhas. Em resumo, os Quarts nada mais eram do que um espaço (quarto) com grande quantidade de animais taxidermizados procedentes de novas expedições, muitos conservados em sal. Além dos materiais biológicos, era comum fazerem parte da coleção instrumentos e ferramentas tecnicamente avançadas e até obras de arte como quadros e pinturas.
Mesmo apresentando esqueletos e carcaças de “monstros”, animais míticos e engenhocas sem grande utilidade, podemos afirmar que os Quarts, extintos no final do século XIX, foram os antecessores dos museus de artes e história natural.


Shuaras, os encolhedores de cabeça
Outro povo que se utiliza de técnicas de taxidermia são os Shauas, tribo de índios que vivem na floresta amazônica, ótimos guerreiros (resistiram as invasões dos Incas e espanhóis), conservavam os crânios de seus inimigos e prisioneiros, sendo os mesmos utilizados como amuletos ou troféus de guerra.
A conservação ou encolhimento de cabeças de entes queridos também ocorria, sendo utilizados como símbolos de proteção para tribo ou uma família.
Para realização do “encolhimento” de cabeças, a cabeça, retirada juntamente com um pedaço do tronco do indivíduo, tinha sua pele retirada do crânio e pedaço do tronco através de um corte feito na parte posterior da cabeça. Após a limpeza e retirada de gordura a pele era imersa em água fervente juntamente com tanino (uma substância adstringente que até hoje é utilizada no curtimento de couro destinado à confecções de jaquetas e indústria de calçados), essa substância é retirada de uma árvore de madeira muito dura, cujo nome popular é quebracho, pertencente a família ANACARDIACEAE.
Ao ser iniciado o processo de secagem, introduziam-se pedras quentes na “bolsa” formada pela pele curtida sendo a boca, nariz e orelhas costurados com fibras de folhas de palmeira a fim de não haver deformações. Terminado o processo de encolhimento, que dura seis dias, os Shuaras realizavam uma festa ritual denominada Tzantza.

Atualmente as técnicas de taxidermia são utilizadas principalmente para fins didáticos e científicos... mas isso fica para um próximo post.
Até mais

Fontes de consulta:

Wikipédia
H. LORENZI. Árvores Brasileiras vol.1 Ed. Plantarum. 1992
CALVINO, M. Estudo macro e microscópico de madeiras conhecidas por pau-brasil. IPT 1960
http://www.corvobranco.tripod.com As múmias dos chinchorros
http://www.uta.cl Site da Universidade Tarapacá de Arica


http://taxidermialettmann.blogspot.com/Taxidermia: pinguim de magalhães
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