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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Aves de Rapina: Ameaças e Medidas para Conservação


Foto: Gavião de penacho (Spizaetus ornatus)

As aves de rapina correm sérios riscos de extinção por inúmeros fatores, algumas espécies são Endêmicas como é o caso do gavião pombo pequeno (Leucopternis lacernulata) ou seja só ocorre no Brasil, o que faz aumentar nossa responsabilidade para sua preservação. Espécies como a Harpia, necessitam de grandes territórios para obter alimento e se reproduzir, as populações da harpia tendem a declinar com a falta de remanescentes florestais com dimensões adequadas. Também podem sofrer deterioração genética em virtude da existência de poucos indivíduos nas áreas onde ainda ocorrem, ela é muito rara fora da amazônia, mas pelo fato de existir uma população razoavel na floresta Amazônica não entrou na das espécies ameaçadas de extinção do Ibama. O que particulamente acho lamentável, talvez uma revisão nessa lista resolveria isso.

Espécies como o gavião de penacho (Spizaetus ornatus), gavião-real-falso (Morphnus guianensis) São aves florestais que assim como a Harpia necessitam de grandes extensões de florestas bem preservadas para obter seu alimento e se reproduzir, sendo essas exigências cada vez mais difícil em decorrência das ações antrópicas, particularmente de modificação dos hábitats primários dos quais é dependente. Outra espécie muito eara e ameaçada no Brasil é a aguia cinzenta (Harpyhaliaetus coronatus) pois trata-se de uma águia que é naturalmente rara, é uma espécie de porte avantajado (75 - 85 cm), que precisa de presas grandes e significativas áreas para constituir territórios de alimentação e reprodução. Mas pelo fato de preferir hábitats abertos acaba se tornando alvo fácil de caça pelas Pessoas, pois consideram prejudicial à criação de certos animais domésticos, e pela falta de conhecimento dessas pessoas acabam matando uma Aguia muito rara contrubuindo para sua extinção.

As medidas mais importantes e urgentes para preservar a as aves de rapina consistem na proteção de seu hábitat, os campos naturais e o cerrado (para as Espécies de campos aberto como a aguia cinzenta), conservar os remanescentes de florestas para as espécies florestais, criar unidades de conservação, e também ampliar as UCs já existentes, seria uma medida louvável para a conservação, não só exclusivamente das Aves de Rapina, mas de muitos outros animais que dependem dessa fitofisionomia. A conectividade entre essas áreas das UCs permitirua também a permuta gênica entre populações anteriormente isoladas, assim como a colonização espontânea de locais onde eventualmente tenha se extinguido.

No entanto, tais medidas isoladamente não se justificam, senão com o desenvolvimento de estudos voltados à biologia e ecologia desta espécie e a busca intensiva de populações que permitam inferir sua distribuição, definir áreas prioritárias para a sua conservação e diagnosticar com maior precisão as ameaças e medidas para conservação. Estudos sobre a biologia reprodutiva de algumas espécies Raras no Sul do Brasil, conduzidos por D. Kajiwara, J. L. B. Albuquerque e L. G. Trainini na região de Urubici, Santa Catarina, permitiu diagnosticar com maior precisão as ameaças e medidas para a conservação das Aves de Rapina daquela região.

Além da criação e operacionalização de unidades de conservação, do aumento da fiscalização e da educação ambiental, as listas de espécies ameaçadas, em âmbito global ou regional, estão entre os instrumentos mais importantes e efetivos para promover a conservação da natureza. As aves, por si só, destacam-se dentre todos os outros organismos na elaboração dessas listas, uma vez que colaboram para sua sedimentação, em apelo e credibilidade, por se tratarem de autênticos “indicadores de conservação”, estabelecidos ao longo dos tempos por inúmeros aspectos. Dentre eles, exemplificam-se os grandes avanços científicos observados nas últimas décadas, que favoreceram a identificação de seu grande potencial para bio-indicação, da considerável riqueza de espécies e da fidelidade de uso de hábitats. Também se observa uma série de facilidades metodológicas para estudos em campo, além de literatura abundante, decorrente de um grande número de pesquisadores ativos nas mais variadas regiões. Adicionalmente, encontramos nas aves um forte apelo social que é notável no cotidiano, na cultura e no folclore. Nesse sentido, parece natural que estejam representadas em tão grande escala nas listas de espécies ameaçadas, fortalecendo o lastro para a proteção dos hábitats e, por conseqüência, dos organismos que deles dependem.

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