Aves de Rapina, o que
são?
As "aves de
rapina" (termo "rapina" = raptar, aves que raptam) é um termo utilizado para
caracterizar as aves carnívoras diurnas e noturnas
que apresentam garras e bicos fortes. Entretando esse grupo não forma um táxon
monofilético, pois agrupam aves pertencentes a linhagens distintas.No geral, as
aves de rapina são aves de hábitos predatórios, possuem bico curvo e afiado,
garras afiadas e fortes, além de serem dotadas de uma excelente visão. As
espécies noturnas (corujas) além da visão apurada, tem normalmente uma audição
ótima, graças aos seus discos faciais, essas aves são capazes de localizar um
roedor caminhando no solo na mais completa escuridão, se utilizando apenas de
sua audição, além disso outra adaptação especial das corujas é seu vôo
silencioso graças as penas especializadas que fazem não causar turburlência /
rúidos enquanto voam.
Classificação:
Pertencem ao grupo das "aves de
rapina" as seguintes ordens: Accipitriformes
(Águias e Gaviões), Falconiformes (Falcões e Caracarás) e
os Strigiformes (Corujas). Os urubus do Novo
Mundo (Cathartiformes) são muitas vezes inseridos entre as aves de rapina, mas
existem estudos que mostram que este grupo é mais relacionados aos Ciconiformes,
diferentes dos Abutres do Velho mundo, que são da ordem Accipitriformes (Sick,
1997), apesar disso, este site também aborda os urubus brasileiros, visto sua
grande importância no meio ambiente, comportamento e morfologia parecida com as
aves de rapina. O Brasil possui seis espécies de urubus (ordem Cathartiformes),
68 espécies de águias, gaviões e falcões (ordem Accipitriformes e Falconiformes)
e 23 espécies de corujas (ordem Strigiformes) e, aliado aos outros países da
região neotropical, concentra o maior número de espécies de rapinantes do
mundo.
Dentre as aves de
rapina brasileiras, podemos agrupá-las em 10
categorias:
Águias: São as espécies
planadoras de grande porte da família accipitridae (táxons: Harpyhaliaetus
coronatus; Buteo melanoleucus). De aparência robusta, esse grupo possui asas
longas e amplas e caudas de tamanho médio No geral caçam em ambientes de
vegetação aberta, sobrevoando um local até avistar a presa e atirando-se contra
ela capturando-a com suas garras afiadas e fortes. A águia-chilena e a
águia-cinzenta podem comer carniça ocasionalmente. Apesar de pertencer a família
pandionidae, a águia-pescadora (Pandion haliaetus) é por vezes inserida neste
grupo devido ao seu próprio nome popular e grande porte, esta é especializada na
pesca.
Águias-florestais: Grupo dos accipitrideos
estritamente florestais de médio a grande porte e todos são possuidores de
penacho (gêneros: Spizaetus, Morphnus e Harpia). Também de aparência robusta,
suas asas não são tão longas porém largas e caudas relativamente grande,
aerodinâmica especializada em vôo ágil e boa manobridade na
floresta.
Açores: São os
accipitrideos pertencentes ao gênero Accipiter. São excelentes caçadores, tem
asas curtas, pescoço pequeno e caudas longas, aerodinâmica adaptada à caça
através de emboscadas em áreas florestadas e bosques. Grande maioria das
espécies brasileiras é especializada na captura de aves, como é o caso do
Accipiter bicolor e do Accipiter striatus.
Gaviões: São os
accipitrideos de pequeno a médio porte pertencentes as subfamílias buteonine e
sub-buteonine. O termo abrange uma grande variedade de espécies (gêneros:
Geranospiza, Leucopternis, Buteogallus, Heterospizias, Busarellus, Parabuteo,
Percnohierax, Rupornis, Buteo). No geral possuem asas longas e amplas, ideal
para planar. Costumam forragear sobrevoando a area de caça ou aguardando a presa
a partir de um poleiro.
Gaviões-milanos: Neste
grupo esta os accipitrideos da subfamília milvíne, pernine e elanine (Gêneros:
Leptodon, Chondrohierax, Elanoides, Gampsonyx, Elanus, Rostrhamus, Helicolestes,
Harpagus, Ictinia). Grande parte tem comportamento sociável, algumas espécies
como o gavião-peneira, gavião-tesoura e outros, costumam nidificar em colônias.
Possuem asas largas e pernas mais fracas, muitas espécies são insetívoras ou
caçam pequenos vertebrados.artaranhões:
Neste grupo, encontra-se os accipitrideos do gênero Circus. Possuem asas e
caudas longas e pernas finas. A maioria usa a combinação de sua visão aguçada e
audição apurada para caçar pequenos vertebrados, deslizando sobre suas longas
asas e circulando a baixa altura sobre pântanos e alagados.
Tartaranhões: Neste grupo, encontra-se os
accipitrideos do gênero Circus. Possuem asas e caudas longas e pernas finas. A
maioria usa a combinação de sua visão aguçada e audição apurada para caçar
pequenos vertebrados, deslizando sobre suas longas asas e circulando a baixa
altura sobre pântanos e alagados.
Caracaras: pertence a
este grupo os falconídeos da subfamília caracanine (Gêneros: Caracara, Milvago,
Daptrius e Ibycter). Ao contrário dos outros falconídeos, estes tem hábitos
generalistas, alguns onívoros e não são caçadores aéreos, são lentos e muitas
vezes consomem animais já mortos ou debilitados (há
excessões).
Falcões: São todos os
falconídeos pertencentes ao gênero Falco (incluindo o Spiziapterix). São
pequenos e ágeis. Possuem asas longas, afiladas e cauda curta, aerodinâmica
especializada a vôos de caça em alta velocidade e para execução de manobras em
frações de segundo. É neste grupo que esta inserido o falcão peregrino, capaz de
descer em vôo picado a velocidades que podem ultrapassar 250 km/h.
Falcões-florestais: São
os falconídeos florestais do gênero Micrastur (incluindo o Hepertotheres). São
endêmicos das Américas, encontrado do México, América Central e grande parte da
América do Sul. A maioria são estritamente florestais (excessão ao
Hepertotheres). Assim como os Açores, os falcões-florestais possuem asas curtas
e caudas longas, aerodinâmica ideal para à caça em ambientes de floresta. Além
disso, os Micrastus sp tem uma audição extraordinária, possuindo pequenos discos
faciais semelhante aos das corujas. A maioria são dificeis de serem vistos, ja
que raramente voa acima do dossel da mata, são mais ouvidos do que
vistos.
Corujas: São todos os
membros da Ordem dos Strigiformes, a maioria possuem hábitos noturnos, com
incríveis adaptações utilizadas para caçar em condições de pouca ou nenhuma
luminosidade, destacando-se sua excelente audição e sua visão especializada,
além de sua plumagem especial que reduz a turbulência durante o vôo,
possibilitando vôos extremamente silenciosos, de modo a não serem detectadas
pelas suas presas. Diferentemente de boa parte das aves, a maioria das corujas
não constrói ninhos, habitando buracos em árvores, tocos, edifícios e no solo,
ou utilizando-se de ninhos de outras espécies. Neste grupo encontra-se as
corujinhas-caburé (Glaucidium sp); as corujinhas-do-mato (Megascops sp); Mochos
(Asio sp) e as Suindaras (Tyto alba).
Por: Cat Pinho
Fonte do Texto e Imagens
olá,
ResponderExcluirEstou procurando pelo nome de alguns passáros que fotografei num terreno ao lado da minha casa.
Se você achar q pode me ajudar me responde no email rafa.alves85@gmail.com
Adorei o blog Parabéns!!