terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Bengalim Japonês
Bengalim do Japão
O seu nome desvenda desde logo a sua origem, apesar da espécie original ser natural da China, Sri Lanka e da ilha de Java, foi desenvolvida depois de introduzida no Japão.Foram trazidos para a Europa por volta de 1860.O Lonchura doméstica, nome desta pequena ave, mais conhecido em Portugal como Begalim do Japão.O Bengalim do Japão é a ave exótica que mais criada é em cativeiro.
A origem do Bengalim do Japão:Originário da China, este pássaro é membro da família dos Estrildieos, e ao contrário de muitas aves, surgiu pela intervenção do homem.Foram no entanto criadores do Japão que através de seleções sucessivas que desenvolveram e fixaram esta raça, totalmente “criada” em cativeiro e resulta do cruzamento de diversas espécies do género Lonchura.O Louchura Striata (raríssima na atualidade) habitava as regiões da Índia, China Meridional, Taiwan, sendo encontrado desde o Sul até Sumatra.Algumas dúvidas persistem quanto ao ponto de origem e existem duas teorias dominantes: é o produto do cruzamento de várias espécies de aves silvestres do mesmo género Louchura; ou resulta da selecção a partir da espécie silvestre Louchura Striata.No início, faltava mais qualquer coisa ao Lonchura, tamanho.Através da hibridação com os parentes mais próximos, nomeadamente a Lonchura Maja, Lonchura Malacca e Lonchura Casteneotorax, conseguiu-se o tamanho tão desejado e que se mantêm atualmente.Quando foi trazido para a Europa por volta de 1860, o alemão Karl Russ alterou o nome de Bengalim para o nome atual: Japanische Movchen, que traduzido há letra é “ pequena gaivota japonesa”.Em meados do século XXI, iniciava-se a selecção de exemplares de uma só cor e de exemplares melánicos, com prioridade da cor de fundo branco, especialmente no ventre.Através da seleção, o Lonchura striata ganhou sua variedade doméstica, com aproximadamente com 11cm de tamanho.Assim, a espécie do Bengalim do Japão é uma espécie de origem totalmente doméstica.O bengalim do Japão ou Manon (Brasil) deriva de designação francesa, Moineau du Japon (Pardal do Japão), mas há quem o conheça também por Capuchino do Japão e na Inglaterra, o seu nome é Bengalese Finch.São por isso ótimas aves de estimação que podem estar em bando numa voadeira ou em gaiolas ou jaulas de criação.Como os outros tentilhões, não gostam particularmente de ser manuseados.Sem ele muitas espécies de exóticos praticamente não existiriam em cativeiro por uma razão muito especial: criam as suas crias, as de outras colocadas no sue ninho sem o menor preconceito ou rejeição.O Bengalim é a ama de excelência dos criadores de exóticos e maioritariamente responsável pelo seu sucesso.
Temperamento:Calmos e sociáveis, são escolhas de excelência para uma voadeira comunitária.Não devem partilhar o alojamento com aves conflituosas.Gostam de viver em grupo em vez de estarem em pares ou sozinhos.(aconselho o “isolamento” para procriação: ver mais em reprodução)
Reprodução:O Bengalim é assim de tudo, um projenitor perfeiro.O seu instinto é tão apurado, que fazem dele a ama de excelência.A maioria das aves exóticas necessita de amas para a reprodução, amas estas, escolhidas e introduzidas pelo homem e não por si.O comum Cuco, escolhe um ninho alheio para colocar o seu ovo, e o juvenil após nascer encarrega-se de "atirar borda fora", os ovos ou as crias já nascidas originárias daquele ninho e, são os pais destas que vão cria-lo como seu.Nas aves exóticas, deve-se a essencialmente dois motivos:A maioria delas é má progenitora devido ao "exílio" em cativeiro, ou porque abandonam os ovos em caso de inspecção do ninho.Com a utilização de bengalins como amas, estes problemas deixam de existir, pois apesar de ter sido "criada" em cativeiro, revela um enorme instinto procriador, alimentando quase que qualquer bico que lhe seja colocado no ninho.Outra caraterística dos Bengalins, é que muito dificilmente abandonarem o choco, por mais inspecções que sejam feitas ao ninho.A conjugação destas duas caraterísticas fazem do Bengalim do Japão uma ama de excelência, sendo escolhidos para "adotarem" os ovos e/ou crias de outros exóticos compatíveis.A sua resistência é enorme, ao ponto e se lhe for permitido criar durante um ano inteiro.Muitas aves gostam de estar em bando e em viveiros, o Bengalim também pode estar, mas as suas caraterísticas de excelente reprodutor, aconselham jaula a jaula, casal a casal.Utilizar esta regra, serve essencialmente para permitir efetuar cruzamentos seguros, de forma a obter os melhores resultados possíveis.O ninho é construído numa caixa de madeira fechada ou semiaberta, utilizando para a execução da construção do mesmo diversos materiais, como feno e fibra de coco.A fêmea põe entre cinco a sete ovos, que são chocados alternadamente por ambos os progenitores.O período de incubação varias entre os 13 e 18 dias.As crias abandonam o ninho após cerca de 21 dias.Às seis semanas de crescimento as crias devem ser separadas dos pais, momento aproximado em que a femêa inicia nova postura.Os juvenis tem tendência a frequentar o ninho, e com a sua presença arriscamos a hipotecar os novos descendentes.
Gaiola: Desde (40 x30 x 30 cm).Ninho: Caixa de Madeira (cerca de 15 x 10 x 10 cm) com um furo na frente.Material: pedaços de fibra de coco, feno ou folhas de palmeira.
Dica: Não se devem ter vários casais num mesmo viveiro, pois estes vão todos para o mesmo ninho acabando por matar as crias.
Alimentação:O Bengalim não é menos exigente se comparado com outras aves exóticas.A principal diferença consiste na sua extraordinária capacidade de resistência.Devemos, para além da mistura para exóticos, oferecer aveia descascada, milho painço, senha.Regularmente, uma vez por semana, deve-se dar verduras como: chicória, agrião, dente-de-leão e espinafres, e fruta, maçã ou banana, entre outros.Um suplemento proteico, que normalmente será sob a forma de papa e colocar sempre à disposição grit e cálcio para fornecimento de sais minerais.A água do bebedouro deve ser trocada diariamente.
Distinção entre sexos:O macho e a fêmea são idênticos visualmente e a única forma de distinguir o sexo sem recorrer a análises de ADN é através do comportamento das aves.O macho canta e exibe rituais de corte.A fêmea também canta, mas num tom mais grave.A diferenciação dos sexos é possível pelo comportamento ou sexagem por ADN.O Bengalim é uma ave sem dimorfismo sexual, não sendo possível visualmente pela cor apresentada na plumagem identificar quem é quem.Os machos podem ser detetados pelos seus comportamentos de corte com pequenos saltos e trinados curtos, comportamentos territorialistas e encetar rituais de sedução, é o macho.
Dica:Coloque a ave numa gaiola individual.Passados uns dias coloque lá outro bengalim.Se o bengalim que estava na gaiola cantar atrás do bengalim recém inserido, efectuando o ritual de acasalamento, é porque estamos na presença de um macho, caso contrário é uma fêmea.
Aparência e Variedades:O Bengalim do Japão é uma ave de porte pequeno, medindo entre 11 a 12 cm.Atualmente e resultando de novos cruzamentos, alcançou-se um grande leque de colorações: chocolate e branco; creme e branco e totalmente brancoExistem também outras combinações - preto e castanho; malhado; preto e cinzento; castanho e castanho avermelhado – mutações tricolores ou de cor sólida.Existindo também aves com poupa e frisadas.
Alojamento:O Bengalim do Japão é uma ave que se adapta bastante bem a gaiolas ou voadeiras.Não necessita de vegetação para apoio ou porteção, quer nas gaiolas, jaulas de criação ou voadeirasResistentes, podem passar o Inverno ao ar livre, sem que necessitem de aquecimento.Como a maioria das aves, não deve estar exposto a correntes de ar e uma zona abrigada na voadeira é fundamental.O Bengalim do Japão aproveita e maximiza cada centímetro do seu espaço, podendo ser oferecido também, baloiços e poleiros diversos, sendo que, necessitam assim de um espaço mais cumprido do que alto.Não rejeitam a possibilidade de um bom banho, e quando possível deverá colocar uma banheira para que tal aconteça.Tomar banho é das atividades que mais gosta.
Exposições:Dificilmente existirá nos dias de hoje, exposição ou campeonato onde o Bengalim não marque presença.
Mérito:O Bengalim do Japão, nascido em "berço" humano, alcançou por mérito próprio uma distinção entre os seus pares e outras aves, por direito próprio.
Nome Cientifico: Lonchura Domestica
Esperança de Vida: 7
Plumagem: 21 dias
Artigo: Gonçalo Rocha Santos
Imagem do google
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